A animação ‘Tarsilinha’ (2022), filme de Célia Catunda e Kiko Mistrorigo, narra a história de Tarsilinha, uma menina que parte em uma aventura à procura das memórias de sua mãe que foram roubadas pela lagarta. Nessa história ela enfrenta seus medos e se torna mais corajosa a cada problema resolvido.
As referências à Tarsila do Amaral são evidentes, como os próprios personagens que movimentam a trama: a lagarta que tem o papel de vilã, o sapo cururu, e a cuca, que fazem parte da obra denominada ‘A Cuca’ de 1924 e o Abaporu (1928) que é uma das principais obras do modernismo brasileiro, é retratado como a caverna da lagarta. Além disso, a obra exala brasilidade tanto na sua trilha sonora composta por Zeca Baleiro e Zezinho Mutarelli, quanto nas expressões usadas pelos personagens.

Foto: Print de tela da animação Tarsilinha.
O movimento modernista, que Tarsila fez parte, foi o responsável por gerar uma ruptura nos padrões estéticos artísticos europeu, agora buscando exaltar a cultura nacional, as pessoas, suas características e os problemas vigentes no Brasil. A artista foi um dos principais nomes desse movimento.
Todos os personagens do filme são carismáticos, até mesmo os ‘vilões’. Os acompanhantes de Tarsilinha são o saci-pererê e o sapo cururu, este último se destaca, ele é um personagem animado, que durante a trama toda brinca com as palavras, como quando se refere a jujuba como jujoba, horis bolis para hora bolas, bananosa para a banana. O longa é de encher os olhos quando se trata da ambientação: cenários repletos de cores e formas, que novamente, remete às obras da artista.
O filme possibilita, de uma forma leve e descontraída, apresentar ao público mais jovem as obras de Tarsila, mostrando, do início ao fim, as suas contribuições para a cultura brasileira.
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