Olá, quem está digitando estas letras, uma por uma em um documento online, é a Jessica. Estou digitando em primeira pessoa e não em terceira pessoa, como é comum nos editoriais. Além de Jornalista eu sou escritora de ficção e de não ficção e a Larissa é uma excelente Ilustradora. Ambas já fizemos cursos formais nas nossas áreas de atuação (tanto artísticas quanto graduação em Jornalismo). Nosso posicionamento vem de um lugar de pessoas atuantes na área. 

O Brasil está acima da média global no uso de IA generativa, aquele uso através de um chatbot. Esses dados são de uma pesquisa realizada pela Google. Não estamos vindo aqui dizer que você aí de casa não pode usar essa ferramenta para:

1) Criar ilustrações com bases em um estilo muito próprio, por exemplo do Hayao Miyazaki;

2) Criar um livro infantil com ia e colocá-lo à venda em e-commerces;

3) Criar seu programa de rádio com ia

4) Criar imagens de fotos de lanches bem gostosos para vender na sua lanchonete

5) Criar fanfics e tudo mais que seu cerebro fantasioso deseja criar 

6) Realizar consultas psicológicas com o chatbot

7) Analisar o seu português, resumir os livros que você precisa ler para as disciplinas, como você deve investir o seu dinheiro, entre outros

Não queremos alertar sobre os recursos naturais, embora tenhamos conhecimento de que atualmente é utilizado água para resfriar os geradores dos chatbots. Também não queremos promover um curso de filosofia da linguagem (cada palavra escolhida tem um significado), nem ser as estragas prazeres e as “atrasadas tecnologicamente”. 

Acreditem em mim quando digo que eu e a Larissa sabemos usar mais softwares de criação do que muitos daqueles que utilizam a IA por comodismo. Criamos e vivemos para transformar nossas vidas e daqueles que amamos (ou odiamos no meu caso) através de criações únicas que não passam pelo crivo de uma máquina que foi programada para atender nós, pobres coitados humanos, que não conseguimos dedicar algumas horas a aprender e a estudar a criação artística. 

E eu posso parecer dura em minhas palavras para você que está entrando em contato com a minha forma de escrita agora. Sim, estamos sendo bem incisivas nesta questão porque ela nos afeta profundamente. Se as grandes empresas quisessem o bem da humanidade, primeiramente não visariam um lucro absurdo que aumenta as desigualdades. Utilizar essas plataformas de geração de conteúdo de uma forma inocente ou alienada só faz com que nossa existência enquanto humanidade se torne menos criativa

E nós não queremos ser engolidas por uma avalanche de conteúdos genéricos e apropriados e remodelados por máquinas. Vamos continuar aqui, com vocês, escrevendo palavras feias ou bonitas, trazendo informações corretas e precisas do cenário cultural e principalmente apoiando os verdadeiros artistas e fazedores de cultura, aqueles que não menosprezam o trabalho dos colegas ilustradores, escritores, dubladores e até atores (sim porque as máquinas vão continuar evoluindo e talvez um dia não seja mais necessário que as pessoas vão até o teatro). 

Podemos parecer exageradas por lutar pelo nosso direito de existência enquanto humanos sem filtro e você pode concordar conosco ou apenas deixar que uma máquina te recomende as melhores páginas de jornalismo cultural em Ponta Grossa para seguir. Neste caso, a Cripto está lá, sendo indicada.