Kamira e a floresta mágica

Coluna Literatura Criativa de Luciane A. Lima

Em uma vila muito distante morava uma garota chamada Kanira. Ela gostava de aventuras e sempre tinha um livro para ler.

Kamira morava com sua avós Shanti e sua mãe Ranire, pois seu pai faleceu quando ela tinha cinco anos.

Sua avó contava muitas histórias que seus antepassados contaram para ela, e como Shanti percebeu que Kamira tinha o espírito aventureiro de seu avó que ela infelizmente não conheceu.

Certa manhã Kamira acordou cedo como de costume, foi buscar lenha para fazer o café para sua mãe sua avó, já que elas tinham muitos afazeres durante o dia. Kamira gostava de fazer este mimo digamos assim elas.

Ao pegar a lenha um vento estranho e misterioso soprou em seu rosto, ela viu que vinha de uma floresta no alto da montanha onde ela morava.

Foi para dentro de casa e preparou o café e acordou sua mãe e sua avó para juntas tomarem o café da manhã.

Era tempo de frio, algumas nevava na vila onde Kamira residia, era vila de poucas pessoas, porque era um lugar afastado da civilização.

Kamira tomou seu café próximo a janela da cozinha e decidiu que iria fazer uma viagem para aquela montanha.

Conversou com sua avó e sua mãe, foi preparar uma mochila e disse que em dois dias voltaria, ela sentiu em seu coração que precisava fazer isso, depois que aquele ventou beijou seu rosto, era como se ele soprasse em seu ouvido palavras que ela precisa descobriu o significado.

Sua avó percebeu que aquele dia estava confuso e apenas deu alguns conselhos, conselhos estes que ela ouvia de seu falecido marido, quando ele também saía para suas aventuras.

Kamira despediu-se com um forte abraço e prometeu que logo voltaria.

Algumas pessoas daquele vilarejo apenas acenaram com a mão sem entender o que estava acontecendo. Kamira tinha um amigo um pouco mais velho que ela chamado Ganiel. Ele decidiu acompanha-la porque sua avó Shanti pediu.

Lá se foram os dois conversando. Ganiel percebeu que Kamira andava silenciosa. Ao andarem pelo menos sete horas, decidiram acampar e fazer uma fogueira.

Conversaram um pouco ao redor do fogo e Ganiel ficou de vigia enquanto Kamira dormia, porém Ganiel pegou logo no sono e Kamira acordou assustada com aquele vento em seus rosto que sussurrava palavras que esperava por ela, para encontrá-la.

Ela olhou para Gnaiel que dormia um sono pesado, pegou sua mochila e uma tocha de fogo e foi andando. Andava sem temer o que iria encontrar apenas queria encontrar o que seu coração buscava.

Logo amanheceu e ela avistou a montanha, ao redor desta montanha tinha um floresta muito linda, as folhas das árvores balançavam como se tivesse dançando uma música.

Kamira decidiu entrar nesta floresta, e ao entrar aquele vento estranho, misterioso e gelado beijou seu rosto como se estivesse agora saudando-a.

Ela foi cada vez mais adentrando aquela floresta, e de repente viu uma cabana, e sem medo Kamira entrou, e viu que ela era muito bonita, bem arrumada, aconchegante, uma mesa estava posta com muitas delícias, logo pensou, alguém mora nesta cabana.

Cansada, resolveu deitar em uma cama confortável. Pegou no sono logo.

Ganiel logo que acordou se assustou que não viu Kamira, gritou chamando por ela, e uma névoa apareceu como se estivesse proibindo de Ganiel continuar a procurar pela amiga.

Então Ganiel triste e assustado voltou para o vilarejo sem sua amiga. Contou a todos que não sabia o que aconteceu com Kamira.

A mãe e a avó falaram a todos que mais uma vez aquilo que estava acontecendo em sua família. E passaram os dias chorando com saudades e  lamentando o desaparecimento de Kamira.

Kamira dormiu algumas horas, acordou e olhou para os lados e percebeu que não estava em sua casa ao lado de sua avó e sua mãe.

Acalmou seu coração e lembrou que estava em uma aventura. Levantou-se e foi à mesa e comeu algumas das delícias que estava na postas na mesa.

Sentou-se em um banco na varanda da cabana e olhava para a floresta, quando de repente algo a assustou e fez com que levantasse rapidamente.

Um senhor vinha em sua direção com lenha e peixes que acabara de pescar, e disse menina eu esperava por você há muito tempo e lhe deu abraço bem forte. Kamira não entendeu nada, abraçou aquele senhor e lhe indagou de como assim esperava por mim, quem é o senhor? 

– Ele lhe respondeu com um sorriso, sou seu avó, agora vamos morar juntos nesta floresta mágica, ela nos dá tudo de bom e delicioso.

Kamira pegou na mão de seu avó e adentraram os dois na cabana e as folhas das árvores daquela floresta balançavam dançando um música, de melodia doce e suave.


Luciane A. Lima é professora no Ensino Fundamental I, Município de Carambeí, ministrando aulas na Disciplina de Língua Portuguesa do 1°Ano ao 5° Ano e na Disciplina de Arte na Educação Infantil nas turmas de Infantil IV e V e nas turmas do Ensino Fundamental I 1° ao 5° Anos. Formada pela UEPG em Pedagogia. Cursando Letras Português/Espanhol e suas Literaturas UEPG a partir de 2024. Escritora desde os dez anos, vencedora de vários concursos Literários pelo Colégio Particular Sagrado Coração de Jesus nos anos de 1984 a 1987 e Colégio Estadual Padre Carlos Zelesny nós anos de 1988 a 1991. Vencedora em 2023, Primeiro Lugar categoria Poesia e Segundo Lugar categoria Crônica do Primeiro Prêmio Singular de Literatura: Fanzine  – era uma vez poesias.