Socióloga Laure Flandin, na abertura do III Reijor, refletiu sobre a ação de rir

O Centro de Cultura de Ponta Grossa foi palco da abertura da terceira edição dos Encontros Internacionais de Pesquisa em Jornalismo (REIJor), nesta segunda-feira (03). A conferência, apresentada pela Drª Laure Flandrin, da École Nationale de Lyon (França), teve como tema O riso, a mais socializada de todas as nossas emoções.

“O riso é universal e vem após a reflexão. Causa tensão, pode ser ambíguo, carrega um pouco de deboche e até de violência”, explicou a palestrante ao frisar que a prática do riso permeou toda a construção do ser humano enquanto ser cultural.

A apresentação de Flandrin teve como base um estudo social, que faz parte da obra ‘Le rire – Enquête sur la plus socialisée de toutes nos émotions’ (O riso: uma investigação sobre a mais socializada de todas as nossas emoções, em tradução livre), de 2021 e ainda não traduzido no Brasil. A fala da pesquisadora tratou das experiências fundamentais do mundo social para compreender a função do riso como algo universal. 
“Atrás do riso sempre tem o medo de cair, a característica do poder, seja ele, o político ou territorial, passamos pelo medo e o riso, por excelência, pode fazer referência a primeira infância, pois as crianças riem de coisas banais. Atrás do riso há o jogo de dominação. O riso categoriza-se socialmente, por gênero, raça e classe”, analisa Flandrin.

Você pode encontrar mais informações sobre o evento neste link. A programação segue até terça-feira a tarde.