Com informações da assessoria
Cidade, monumento, transporte, cerveja, retratos. Quem olha de longe, acredita não ver semelhança, porém, juntos, estes temas retratam uma cidade em seus 200 anos de emancipação e história. Como forma de ampliar seu acervo, o Museu Cenas de Ponta Grossa disponibilizou recentemente, de forma gratuita e digital pelo www.museucenas.com.br, 200 fotografias inéditas que retratam uma viagem pela história da cidade. O projeto tem direção geral de Alessandra Bucholdz, da ABC Projetos Culturais, e direção executiva de Eduardo Godoy, da Estratégia Projetos Criativos.
As imagens fazem parte dos acervos particulares do Botequim da XV, da família de Guaracy Paraná Vieira e de Moisés Francisco, e contam com a curadoria, digitalização e catalogação da historiadora Vitória Gabriela de Oliveira. A disponibilização dessas imagens foi viabilizada por meio do edital para ações culturais em alusão aos 200 anos de Ponta Grossa, com recursos do Fundo Municipal de Cultura.
Os acervos, por possuírem características distintas, demonstram diferentes lados da formação cultural e humana da cidade. “É de extrema importância, na minha visão, disponibilizar imagens que as pessoas não têm acesso, é a democratização do acesso. É pensar que, naquelas imagens, não estão só as ruas, os prédios, mas sim as pessoas. As pessoas que formam e transformam a cidade”, comenta Vitória.
Enquanto o acervo do Botequim da XV, bar tradicional tombado pelo patrimônio histórico da cidade, conta a história dos bares da cidade ao longo do século XX e do cenário urbano presente nos arredores da Rua XV de Novembro, os acervos de Moisés Francisco e da família de Guaracy Paraná Vieira, entusiastas da história ponta-grossense, trazem um conjunto de imagens raras sobre o Abatedouro Municipal, as construções da Ponte do Rio Conceição e da Vila 31 de Março, do incêndio dos barracões da Rede Ferroviária, além de eventos históricos e outras construções emblemáticas.
“Todos os nossos acervos possuem correlação porque eles contam a história da cidade. Existem muitas fotos inéditas de praças, dos trabalhadores, do ciclone que teve no início da década de 20, do início da formação da cidade, das chaminés de Olarias. São fotos que chamam atenção do público, que tem um apelo, que pegam muito na questão da memória. São comércios que as pessoas frequentavam, são empresas que as pessoas trabalhavam”, aponta a historiadora sobre o que pode ser visto pelo público nas imagens inéditas.
Criado em 2021, o Museu Cenas possui atualmente mais de 4 mil fotografias históricas de acervos públicos e particulares catalogadas e disponíveis ao público de forma gratuita e virtual, sendo elas de diferentes temáticas e épocas.
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