Com informações da Assessoria
O 1º Festival de Teatro Lambe-Lambe de Ponta Grossa encerrou no último domingo, 13 de outubro, contabilizando o sucesso da iniciativa inédita na cidade. Ao todo, mais de 1.600 pessoas assistiram aos menores teatros do mundo durante a sua circulação, que começou no dia 07 de outubro e passou por cinco espaços públicos. Realizado pelo Coletivo Cacareco, com incentivo da Lei Paulo Gustavo e comunicação da Estratégia Projetos Criativos, o festival recebeu 23 artistas vindos de diversas partes do Brasil e até do Chile.
É o caso de Felipe Cuevas, que trouxe a peça ‘El camino de la decisión’ diretamente do país andino. “Foi uma grande experiência estar aqui no Brasil, apresentando este espetáculo em Ponta Grossa. Vou levar ótimas lembranças”, conta o artista. Cada espetáculo ofereceu uma experiência única, pois o formato intimista do teatro lambe-lambe permite que cada espectador tenha uma apresentação exclusiva: assistindo à peça através de uma abertura na caixa, enquanto escuta por fones de ouvido. Além disso, as apresentações foram totalmente acessíveis para as pessoas com deficiência visual, contando com audiodescrição.
O Teatro Lambe-Lambe é uma criação genuinamente brasileira, de 1989, pelas mentes e mãos das artistas e educadoras Denise Di Santos e Ismine Lima (in memorian). A inspiração veio dos antigos fotógrafos lambe-lambe das décadas de 50, 60 e 70, que trabalhavam nas praças fotografando as pessoas. E exatos 35 anos após sua criação que ganhou o mundo, a baiana Denise Di Santos esteve presente em Ponta Grossa participando da primeira edição do festival. “Parece que o festival aqui já tem mais de 15 anos, essa equipe é muito profissional. Torço para que Ponta Grossa se torne a cidade do lambe-lambe no Brasil”, destaca. Ela reforça a importância da dedicação exclusiva do artista para realizar essa forma de arte. “O artista precisa ter dedicação exclusiva. Se não tiver, não tem compromisso, não tem razão, não tem resultados, pois é um trabalho extremamente complexo”, afirma.
Para Viviane Oliveira, integrante do Coletivo Cacareco e responsável pelos espetáculos ‘Vitória Régia’ e ‘Estação Saudade’, a realização do festival permite colocar Ponta Grossa no circuito de Teatro Lambe-Lambe do país, além de garantir que mais pessoas conheçam o formato. “Trazer esses ‘lambeiros’ é um grande passo em relação ao teatro na cidade, pois agrega muito à arte aqui de Ponta Grossa. Cada caixa tem a particularidade de cada artista”, afirma.
O Colégio Amálio Pinheiro, um dos locais que recebeu as apresentações do festival, foi palco de uma experiência incrível para a aluna Isabella de Oliveira Carvalho, de 14 anos, que viu o teatro lambe-lambe pela primeira vez. “Gostei, eu achei legal porque é uma forma de teatro que parecia desenho, só que de verdade, sabe, que a gente vê assim a realidade, foi bem legal! Veria mais vezes”, compartilha.
Leonardo Lopes, também espectador do festival, fala sobre a magia do teatro lambe-lambe. “Foi muito tocante e muito sensível. Olha que mágico: um teatro de animação, de bonecos, que é o lambe-lambe, tocar a gente assim. Um micro espaço ser tão grandioso”, destaca.
O Festival
Idealizado e realizado pelo Coletivo Cacareco, o 1º Festival de Teatro Lambe-Lambe de Ponta Grossa tem o Selo Paraná Festivais, com incentivo da Lei Paulo Gustavo, por meio de edital da Secretaria de Estado da Cultura – Governo do Estado do Paraná, com recursos do Ministério da Cultura – Governo Federal. A comunicação do projeto foi assinada pela Estratégia Projetos Criativos.
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