Foto: Arquivo.

Núcleo Regional de Cultura inicia o ano com novos atendimentos aos artistas dos Campos Gerais 

Conversamos com uma produtora cultura de Imbituva que contou sobre seu projeto e como ele foi auxiliado pelo Núcleo Regional

Em 2024, a Secretaria de Estado da Cultura do Paraná (SEEC), inaugurou sete Núcleos Regionais de Cultura no Estado. Cada Núcleo é composto por  agentes regionais de cultura (ARCs) que são responsáveis por contribuir na descentralização das ações relativas à cultura no Estado do Paraná, segundo informações da SEEC. 

Além de prestar apoio aos artistas, produtores e aos Municípios da região, os Agentes Regionais contribuem no mapeamento de agentes e iniciativas culturais para o desenvolvimento de potencialidades locais e fortalecimento do Sistema Estadual de Cultura.

Aqui na região de Ponta Grossa, temos o Núcleo da Região dos Campos Gerais que é representado por Andressa de Oliveira. O Núcleo, que muitos artistas ainda não conhecem, fica localizado na Rua Dr. Antônio Russo, número 28, no prédio anexo ao Cine Teatro Pax, dentro das dependências da Universidade Estadual de Ponta Grossa. 

Andressa explica que o papel do Núcleo é auxiliar os gestores, mas principalmente os produtores de cultura da região dos Campos Gerais. Ela realizou diversos atendimentos em 2024, mas sente que ainda é necessário que mais agentes culturais conheçam a iniciativa do Núcleo. 

Atendimento aos municípios dos Campos Gerais 

Segundo a SEEC, os Agentes Regionais de Cultura auxiliaram na etapa de adesão dos municípios ao Sistema Nacional de Cultura (SNC). Graças a eles, a adesão cresceu 71,1%. Nos Campos Gerais, segundo informações do SNC que estão disponíveis de forma pública na internet, todos os municípios estão cadastrados. 

O Sistema Nacional de Cultura possibilita que as políticas públicas municipais e estaduais sejam fortalecidas, aumentando a participação social da população. A adesão ao SNC é necessária para participar de editais de Cultura do Governo da União e receber recursos federais no âmbito da cultura. 

Atendimento aos produtores culturais da região

Com um microfone sem fio, avental de histórias, materiais lúdicos, um guarda-chuva que conta histórias, uma caixa mágica cheia de surpresas como som dos pássaros e o barulho dos trovões, Maria Silvana Prado, escritora, professora e contadora de histórias, de Imbituva, realiza um trabalho com leitura e contação de histórias na biblioteca da cidade. 

Foto: Arquivo de Maria Silvana Prado

O projeto A Hora da História tem o objetivo de incentivar a leitura, principalmente nos dias de hoje onde as crianças passam todo o tempo na frente de telas. “Eu me sinto uma gota em um oceano eletrônico”, observa. Prado conta que o projeto iniciou há 2 anos e desde então, a contadora de histórias participa de editais e busca recursos para manter o projeto funcionando. 

No ano passado, o projeto foi contemplado com recursos da Lei Paulo Gustavo e teve apoio da Secretaria da Educação. Com o projeto, Maria Silvana Prado pode levar a leitura para todas as escolas do município. Ela conta que o incentivo e as conversas com a Agente Regional de Cultura foram de grande incentivo. 

“Eu fiz o projeto por amor. Tem coisa melhor que contar histórias? Não né!”, observa. A escritora de três livros comenta que as crianças que não leem e não escutam histórias, acabam tendo mais dificuldade na elaboração e interpretação de textos. 

Infelizmente, neste ano, a produtora cultural está quase desistindo do projeto por falta de apoio. “Estou sem incentivo. Eu preciso que as pessoas vejam esse projeto porque é um projeto lindo, as crianças emprestam um livro e levam para a casa e a família também acaba lendo… mas é um projeto que vai acabar por causa de incentivo” declara. 

Para acompanhar o projeto pelas redes sociais, você pode clicar neste link